Como escolher o peixe mais fresco
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Limpar e arranjar o peixe | ||||
1. Corte as barbatanas ao peixe com uma tesoura de cozinha. 2. Coloque o peixe sobre uma tábua ou sobre o lava-louça, segure-o firmemente pelo rabo e raspe as escamas com um escamador ou o lado cego de uma faca, segurando-a quase em linha recta em relação ao peixe e trabalhando a partir do rabo em direção à cabeça. Em seguida, lave bem o peixe com água fria. 3. Abra-lhe a barriga e extraia-lhe as visceras e as guelras e depois lave-o muito bem. O peixe fresco deve ser conservado no frigorífico, a uma temperatura entre 1 a 4º C. Consuma-o tão cedo quanto possivel e, mesmo a esta temperatura, não o conserve por mais de 4 dias. O peixe mais pequeno ou cortado, altera-se mais rápidamente do que o peixe inteiro ou de grande dimensão - conserve 2 ou 3 dias, no máximo. | ||||
Conservar e congelar | ||||
1. Depois de eliminar as tripas e as escamas, seque-o cuidadosamente. 2. Separe-o por doses e envolva-o em película aderente ou papel de alumínio. 3. Identifique o conteúdo de cada embalagem e a data de congelação. 4. Coloque dentro de recipientes de plástico e leve ao congelador. Tempos máximos de conservação do peixe:1 a 2 meses: garoupa, salmão, atum, peixe espada preto, truta salmonada e restantes peixes gordos. 3 a 4 meses: pescada, truta, maruca, robalo, dourada, camarão, bacalhau, tamboril e restantes peixes magros. NUNCA VOLTE A CONGELAR UM PEIXE QUE JÁ FOI DESCONGELADO. | ||||
Cuidados na escolha do peixe congelado | ||||
Apesar das suas virtudes, a escolha do peixe congelado também requer alguns cuidados. Quando o comprar embalado, veja se nao tem demasiado gelo solto no seu interior, sinal de que sofreu variações de temperatura na conservação e transporte. A embalagem deve estar bem fechada e conservada a, pelo menos, -18º C. Tanto inteiro como à posta, nunca deve ter as extremidades secas ou amareladas, indicador de desidratação, e deve estar duro como uma "barra de ferro". À posta, deve ter um aspecto liso, vidrado - garantia de boa congelação e conservação. | ||||
Bem conservado e bem descongelado | ||||
O correcto uso do peixe congelado começa logo desde o momento da compra. No supermercado, deixe-o para o fim e, sempre que possivel, utilize para transporte os sacos para congelados. Em casa, guarde-o imediatamente no congelador, evitando encher demasiado o compartimento para permitir a circulação do ar. Para grelhar ou assar, descongele na prateleira de baixo do frigorifico. Se vai cozer o peixe, não precisa de o descongelar. | ||||
Os nutrientes do peixe | ||||
O valor energético de cada tipo de peixe, por cada 100 g: 1. Peixe magro - 85 kcal 2. Peixe meio-gordo - 140 kcal 3. Peixe-gordo - 210 kcal | ||||
Como se amanha a Lampreia | ||||
Escalda-se a lampreia com água bem quente, e um pouco de vinagre, para o "lismo" sair mais rapidamente. De seguida raspa-se superficialmente com uma faca afiada para retirar o "lismo" e, com a mesma faca, raspam-se os "dentes". Logo de seguida dão-se três golpes: um acima da boca, outro no último orificio, por onde respira, e um único ao comprimento dos dois. Retira-se a tripa grossa com imenso cuidado, pois se rebentar a lampreia não se pode comer. Entretanto colocam-se num alguidar vinho tinto, louro em folha, noz moscada, cravinho e alho. A lampreia fica nesta marinada de um dia para o outro. Peixes MagrosOs peixes magros são os de mais fácil digestão, mas menos ricos em vitaminas e também em calorias. Bacalhau: peixe de mar de carne branca que se tem de proceder ao dessalgamento. Pode também ser consumido fresco ou fumado. Badejo: de carne magra, muito fina e branca. Consome-se muitas vezes como se fosse bacalhau fresco. Carapau: peixe de mar muito frequente na alimentação portuguesa, frito ou grelhado. Quando atinge maiores dimensões, tem o nome de chicarro e a sua carne perde a delicadeza. Carpa: peixe de rio de carne magra que se presta em inúmeras preparações culinárias. Corvina: peixe de mar de grandes dimensões. A sua carne é levemente rija e seca. Serve-se sobretudo guisado ou cozido. Dourada: embora magra, a sua carne é provida de um enorme poder nutritivo. Pertencem a esta família, embora de qualidade inferior, o sargo, o pargo e as bogas. Garoupa: de carne magra e branca, cozinha-se de maneira idêntica à pescada. A carne de garoupa é, no entanto, mais rija e menos saborosa. Goraz: de carne branca e seca, cozinha-se como o prago, o robalo e a dourada. Linguado: de carne branca, magra, muito delicada e de fácil digestão. Permite uma enorme quantidade de receitas e preparações gastronómicas. Lúcio: a carne é branca e magra e de fácil digestão. Não deve ser consumido nos meses de Fevereiro a Abril. Pode ser preparado de diversas maneiras: cozido, grelhado ou assado no forno. Peixe-espada: de carne branca, magra e muito delicada, é muito saboroso quando fresco. Serve-se quase sempre frito ou grelhado. Pescada: este peixe possui um elevado nível dietético, pois a sua carne é magra, branca e de sabor muito delicado. Pregado: a sua carne é branca, magra e muito saborosa. É semelhante ao rodovalho. Robalo: a sua carne é branca, magra, muito saborosa e muito consistente, aguentando bem a cozedura. Cozido, grelhado ou assado, o seu gosto, muito acentuado, é digno das preparações mais requintadas. Salmonete: a sua carne, de gosto muito particular, é seca, magra e muito firme. É aconselhado que às suas preparações seja adicionado o fígado inteiro ou desfeito no molho que o acompanhar.
Ao pressionar a carne, estar deve estar firme. Os olhos não deverão ser nem vidrados, nem opacos mas antes brilhantes. Tainha: também conhecida por mugem ou fataça, é muito apreciada frita ou cozida. Tamboril: o seu aspecto repelente, não prenuncia o seu saboroso paladar. É peixe de mar de carne magra, muito delicada e nutritiva.
Peixes GordosEnquanto nos peixes magros a gordura se encontra praticamente confinada ao fígado, nos peixes gordos está dispersa por toda a carne e pele das espécies numa percentagem elevada, razão que determina esta nomenclatura. Anchova: a sua carne gordurosa altera-se facilmente. Pode ser cozinhado em fresco, em salmoura ou consumido em conserva. Devido ao seu sabor muito acentuado, os filetes de anchovas são muito utilizados como condimento. Arenque: é um peixe de mar de águas frias. Quando fresco, tem a uma carne gorda, saborosa, de muito fácil digestão e dotada de um elevado poder nutritivo. Quando salgado ou fumado torna-se mais indigesto. Atum: a cor da sua carne, gorda e muito rica em vitaminas, varia, conforme as espécies, entre o branco e o rosado. Pode ser cozinhado em fresco, mas é mais frequente o seu consumo em salgado ou em conserva em azeite. Cavala: peixe de mar, carne gorda e levemente indigesto, é no entanto, muito rico em calorias. É muito frequente em Portugal a conserva em lata de filetes de cavala em azeite ou molho de tomate com especiarias. Cherne: de carne branca, levemente gorda, pode ser grelhado ou cozido num bom caldo aromatizado. É idêntico ao pargo, mas o seu sabor é muito superior. Enguia: é um peixe de carne gorda, muito nutritiva. Premite diversas preparações, a mais apreciada das quais é a caldeirada. Espadarte: a sua carne é gorda, muito consistente e perfumada. A sua preparação é muito idêntica à do atum. É muito frequente servir-se fumado. Lampreia: a sua carne, muito gordurosa, necessita de ser sangrada antes de submetida a qualquer preparação. Moreia: a sua carne, gorda, mas muito fina e saborosa, é um ingrediente com frequência presente na confecção das caldeiradas. Salmão: de carne rosada e gorda, é levemente indigesto, mas muito nutritivo e rico em vitaminas. Consome-se também fumado, servido normalmente como acepipe. É entre nós raro e o peixe que goza de maior prestígio, sendo o seu preço muito elevado. Sarda: peixe de mar muito semelhante à cavala; a sua carne, gorda, é, porém, muito mais saborosa que a daquele peixe e excepcionalmente rica em vitaminas. Por ser um pouco indigesta, é mais aconselhavel, sob o ponto de vista dietético, consumir a sarda cozida ou grelhada. Sardinha: a sua carne é muito gorda, altamente nutritiva e rica em calorias, sendo no entanto de difícil digestão. Assada e acompanhada com pimentos e tomate, a sardinha é o prato típico português por excelência. A "época" da sardinha é entre Junho e Agosto. As sardinhas devem ter um suave cheiro a maresia e nunca a amoníaco, as guelras devem estar húmidas e vermelhas, os olhos transparentes e salientes. Sável: de carne gorda e muito delicada, encontra-se com facilidade nos rios portugueses. A sua carne é muito nutritiva e saborosa e presta-se em excelentes preparações culinárias. |
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